A Nintendo já havia dominado a geração anterior de videogames (na década de 1980) com seu Famicon, o Nintendo de 8 bits. Foi assim que no final da década que a Sega e a Nec se movimentaram, lançando o Megadrive em 88 o Turbograx-16 em 87 respectivamente.
Com processadores mais poderosos que o Nintendo e o Master System, os novos consoles começavam a cair no gosto do público, e o Nintendo ia perdendo aos poucos mercado. Nesse momento Nintendo decide unir forças para lançar um videogame mais poderoso, que após 3 anos de desenvolvimento chegava ao mercado em 1990 no Japão por 25 mil yenes e $210 dólares nos EUA em Novembro de 1991 e depois em 1992 na Europa.
A primeira versão do SNES japonês era idêntica a versão européia, mas mais tarde iriam ficar totalmente diferentes, semelhanças que se esteiam para os controles (os botões A, B,X e Y eram coloridos). O que mudava era apenas o sistema de cor: PAL na Europa (mesmo do Brasil na época) SECAM no Japão (variação do PAL) e NTSC nos Estados Unidos.
Por aqui o Super Nintendo chegou em 1993 oficialmente, lançado pela Playtronic , um acordo entre a Estrela e Gradiente. Já na leva inicial de games, que era pequena, a Nintendo surpreendeu com o novo Super Mario World e com os efeitos tridimensionais de F-Zero e Pilotwings, graças ao chamado Mode-7 que veremos mais adiante.
As vendas iniciais do SNES
O sucesso inicial do Super Nintendo se deu graças a parceria da Nintendo com seus parceiros já consolidados dos temos do NES. Com nomes como Capcom, Konami, Tecmo, Square e Midway produzindo novos games (ou convertendo direto do arcade) o Snes recebeu alguns dos melhores games de toda a história.
Nos Estados Unidos o console não começou bem, mas também não demorou para ultrapassar as boas vendas de seu concorrente Mega Drive. Com Super Mario World sendo distribuído junto do console, e com grandes lançamentos da própria Nintendo, como The Legend of Zelda: A Link to the Past, Super Metroid (para muitos o melhor jogo de todos os tempos), e ao final de sua geração com os games da série Donkey Kong Country, fez a cabeça da imensa maioria dos americanos.
Os modelos de Super Nintendo que foram lançados
O Super Nintendo teve várias versões diferentes lançadas pelo mundo, mas todas mantiveram a coloração cinza, variando apenas no tom. Quanto ao formato, este realmente mudou entre os continentes e também com o passar dos anos. A versão do Snes americano era bem diferente do modelo japonês, com botões deslizantes roxos para ejetar o cartucho e resetar o console.
Na Europa e Japão o console era predominantemente mais arrendondado e o destaque ficava pela interessante combinação de botões coloridos, que também era o logo do Super Nintendo. Nos EUA tanto o logo quanto as cores verde, azul, vermelho e amarelo foram abandonados.
De forma bem diferente do NES, agora os cartuchos de jogos eram encaixados na parte superior (no NES era dentro do console, em um dispositivo estiloso mas complicado). Todos os modelos suportavam apenas 2 controles, mas um adaptador poderia aumentar a capacidade para até 8 jogadores (com dois adaptadores).
A saída MULTI OUT traseira era um formato próprio da Nintendo que dava a saída de vídeo para a TV, que curiosamente foi a mesma no Nintendo 64 e também no Game Cube, mas de 12 anos depois. Apenas em outubro de 1997 a Nintendo resolveu mudar o modelos do Snes (temos em que o PS1 reinava e o Nintendo 64 já tinha sido lançado pelo mundo). O Super Nintendo JR chegou aos EUA por apenas US $ 99, incluindo o excelente Super Mario World 2.
A versão Slim do Super Nintendo também foi lançada no Japão, com o mesmo tamanho, redução de custos e aparência.
Note que apenas no Japão o Snes mantinha seu simbolo e botões coloridos.
O controle do SNES
O controle do Super Nintendo consegue ser um clássico talvez pela nostalgia que proporciona para quem o utiliza quando criança, pois convenhamos: ele era desconfortável efeito para mãos pequenas. Algumas horas de jogatina causavam amortecimento, e a pegada não era ideal para jogos de lutas, sendo que a cruz direcional tinha bordas retas que dificultavam a jogabilidade.
A quantidade e posicionamento dos botões era boa, inovando com a inclusão de botões de ombro, localizados na parte de cima, tendência copiada até hoje na indústria dos games. Uma grande sacada estava também nos botões Y, X, B e A, que eram diferentes entre si. Enquanto o B e A eram côncavos, o Y e X eram convexos. Para que servia isso? Como a maioria dos games de sucesso eram do gênero plataforma, era comum segurar o botão Y para correr e o B para saltar.
O fato do Y ser convexo ajudava muito no quesito conforto, mesmo que ele ficasse pressionado por muito tempo sem parar.
Os acessórios para Super Nintendo lançados
O Super Nintendo viveu uma época em que vender acessórios era algo que trazia muito resultado financeiro para as fabricantes. Por tal motivo, uma infinidade de acessório e protótipos ganhou vida, mas a maioria não teve o sucesso esperado.
Super NES Mouse: em uma época em que computadores eram ferramentas de trabalho ou acessórios de luxo, o mouse para SNES vinha para ensinar o seu uso e aproximar os game do consoles com os de PC. Um dos mais divulgados acessórios, era compatível com dezenas de jogos para Super NES. O que fez mais sucesso dentre todos foi Mario Paint.
Super Scope: Semelhante ao Zapper do NES, foi talvez uma das únicas bazucas lançadas para videogames. A Super Scope tinha um visual bacana, mas não teve muito games lançados para ela. Seu destaque maior era que não tinha fio e ainda possuía uma mira telescópica útil.
Super Game Boy: este adaptador fez muito sucesso, pois unia que tinha o console com o pessoa que jogava no Game Boy, que na época ainda só possuía a versão monocromático. Com o Super Game Boy os cartuchos do portátil se tornavam totalmente jogáveis e ainda ganhavam algumas cores na tela da TV.
Satellaview: foi o modem de internet para SNES. lançado apenas no Japão, e que usava a porta de expansão que ficava embaixo do console (sim, ela servia para alguma coisa). Para conhecer mais sobre o SNES online, leia nosso post AQUI.
A Nintendo chegou a planejar uma leitora de CDs para o SNES, momento em que ia se unir a SONY para fazer o lançamento. Graças a discórdia das empresas, a SONY ficou com a “bomba” sozinha, que mais tarde transformaria no Playstation, em uma das histórias mais famosas do mundo dos games (e que é de fato verdade).
As vendas do Super Nintendo
Foram vendidos mais de 49 milhões de unidades do console em todo o mundo, sendo um pouco mais da metade desse número no Ocidente e os restante no Japão. Poucos sabem, mas o console não conseguiu repetir o sucesso do primeiro console da Nintendo, o NES, que vendeu a incrível marca 61,91 milhões de unidades. Parte desse “fracasso” for ter tido um concorrente a altura, o Mega Drive, que chegou a vender quase 40 milhões de unidades em suas várias versões.
Durante toda a geração de 16 bits, nenhum dos dois consoles conseguiu se fixar na liderança, permanecendo cada um por um determinado período de tempo. Apenas nos anos finais, quando Donkey Kong Country foi lançado os acessórios Sega 32X e SEGA CD não conseguiam embalar, o Super Nintendo se consolidou na liderança e abriu larga vantagem de quase 10 milhões de unidades em todo o mundo.
Os cartuchos de jogos de SNES
Os cartuchos do SNES possuíam um espaço interno muito maior que aquele reservado para os jogos de NES. Até 128 Mbit poderiam ser em teses usados, mas destes apenas 117,75 Mbit para os jogos em si. A maioria dos jogos não chegou nem perto de usar a capacidade total das fitas, sendo que os maiores lançados foram Tales of Phantasia (com grande trabalho de falas e músicas) e Star Ocean, usando mais de 48 Mbit dos seus cartuchos. Jogos em geral (os mais simples), geralmente usavam algo em torno de 2 Mbit.
O sistema de save dos jogos era bastante antigos, usando uma memória simples SRAM que precisava ser alimentada por uma bateria para salvar o estado de jogo. Incrivelmente meus cartuchos originais de 1995 e até um de 1991, ainda consegue salvar seu state. Incrível.
Chips especiais nos cartuchos de Super Nintendo
Fizemos um post completo sobre os chips especias das fitas de Super Nintendo. Para conferir CLIQUE AQUI
Quando o 32 Bits chegou o Super Nintendo se superou
Enquanto outras empresas estavam se movendo para criar sistemas de 32 bits (reais, não como no 32x), a Rare e a Nintendo provaram que aquela geração ainda tinha muito para oferecer. Quase no fim de 1994 a Rare lançou Donkey Kong Country para o mundo. Com uma artimanha gráfica que ela sempre usava, mesclou cenários em alta resolução criados em computador (pré renderizados) com texturas de alta qualidade nos personagens, que fazia com que o jogo ficasse absurdamente belo.
Com gráficos detalhados, animação dos personagens fluida e música de alta qualidade, Donkey Kong Country rivalizava com a qualidade estética de jogos que estavam sendo lançados em novos consoles baseados em CD de 32 bits (com renderização em tempo real).
Apenas nos últimos dias de 1994 Donkey Kong vendeu 6,1 milhões de unidades, tornando-se o jogo que mais rapidamente vendeu tal número até aquela época. O impacto foi tão grande que consoles recém lançados como o 3DO sofrerão um impacto tão grande em vendas que praticamente inviabilizou sua existência.
O fim do Super Nintendo
Sabemos que o Super Nintendo sobreviverá até que o último console pare de funionar (e para sempre nos emuladores e na Virtaul Console do Wii e Cia). Mas o console deixou de ser produzido nos EUA oficialmente 1999, dois anos depois de receber o último game lançado pela Nintendo, Kirby Dream Land 3 e um ano depois de receber Frogger, o último jogo americano lançado para o SNES.
No Japão, a Nintendo foi mais longe, produzindo o SNES até setembro de 2003, ano em que o PS2, o Xbox e o Game Cube já eram vendidos e 3 consoles da SEGA já haviam caído, o Mega Drive, o Saturn e o Dreamcast. Novo jogos de Super Nintendo foram produzidos oficialmente no Japão até o ano de 2000. O último jogo oficialmente lançado para Super Nintendo no Japão e no mundo foi Metal Slader Glory Director’s Cut.
Os ports e o Super Nintendo hoje em dia
O Super Nintendo possui milhões de fãs ainda hoje, que o consideram como o melhor console de todos os tempos. Diversos de seus jogos entram em todas as listas de melhores de todos os tempos anualmente, como Super Metroid que em mais de uma vez foi eleito melhor game de todos os tempos.
Muitos títulos de SNES foram portados para o Game Boy Advance , que tem capacidades técnicas muito semelhantes. A partir de 2005, a Nintendo desistiu de lutar contra as Roms na internet e investiu no lucrativo mercado de jogos clássicos, disponibilizando (leia vendendo) via download, jogos de NES, Game Boy e Super Nintendo através do serviço Virtual Console para o Wii e Wii U, que nada mais é a venda de roms que podem ser emuladas facilmente pelos consoles.
Apenas em 2007 a Nintendo deixou de consertar o Super Nintendo em sua rede de assistência oficial, devido a escassez crescente de peças de reposição.
Concluindo…
O Super Nintendo é aquele console que jogaremos por muitos e muitos anos, provavelmente até o fim de nossas vidas. Com a emulação e também a inciativa da Nintendo lançar seus games oficialmente na Virtual Console, não corremos o risco de perder nenhum, por queima de cartuchos ou alto preço das raridades.
Foi nele que muitos tiveram a melhor época de suas vidas gamísticas (como este que vos escreve). Não que o PS1, 64, PS2, PS3 e o 360 e demais não tenham trazido obras primas, mas é que no Super Nintendo tivemos um amontoado de grandes jogos, um excesso de qualidade e diversão que dificilmente serão ultrapassados.
O SNES ainda tem muitos assuntos para nos oferecer, então não perca muito mais em breve aqui, no eXorbeo Games. Fiquem conosco.
Se esse conteúdo foi útil para você pedimos que curta nossa fan page no facebook para posts e notícias diárias sobre games do passado, presente e futuro.A Nintendo já havia dominado a geração anterior de videogames (na década de 1980) com seu Famicon, o Nintendo de 8 bits. Foi assim que no final da década que a Sega e a Nec se movimentaram, lançando o Megadrive em 88 o Turbograx-16 em 87 respectivamente.
Com processadores mais poderosos que o Nintendo e o Master System, os novos consoles começavam a cair no gosto do público, e o Nintendo ia perdendo aos poucos mercado. Nesse momento Nintendo decide unir forças para lançar um videogame mais poderoso, que após 3 anos de desenvolvimento chegava ao mercado em 1990 no Japão por 25 mil yenes e $210 dólares nos EUA em Novembro de 1991 e depois em 1992 na Europa.
A primeira versão do SNES japonês era idêntica a versão européia, mas mais tarde iriam ficar totalmente diferentes, semelhanças que se esteiam para os controles (os botões A, B,X e Y eram coloridos). O que mudava era apenas o sistema de cor: PAL na Europa (mesmo do Brasil na época) SECAM no Japão (variação do PAL) e NTSC nos Estados Unidos.
Por aqui o Super Nintendo chegou em 1993 oficialmente, lançado pela Playtronic , um acordo entre a Estrela e Gradiente. Já na leva inicial de games, que era pequena, a Nintendo surpreendeu com o novo Super Mario World e com os efeitos tridimensionais de F-Zero e Pilotwings, graças ao chamado Mode-7 que veremos mais adiante.
As vendas iniciais do SNES
O sucesso inicial do Super Nintendo se deu graças a parceria da Nintendo com seus parceiros já consolidados dos temos do NES. Com nomes como Capcom, Konami, Tecmo, Square e Midway produzindo novos games (ou convertendo direto do arcade) o Snes recebeu alguns dos melhores games de toda a história.
Nos Estados Unidos o console não começou bem, mas também não demorou para ultrapassar as boas vendas de seu concorrente Mega Drive. Com Super Mario World sendo distribuído junto do console, e com grandes lançamentos da própria Nintendo, como The Legend of Zelda: A Link to the Past, Super Metroid (para muitos o melhor jogo de todos os tempos), e ao final de sua geração com os games da série Donkey Kong Country, fez a cabeça da imensa maioria dos americanos.
Os modelos de Super Nintendo que foram lançados
O Super Nintendo teve várias versões diferentes lançadas pelo mundo, mas todas mantiveram a coloração cinza, variando apenas no tom. Quanto ao formato, este realmente mudou entre os continentes e também com o passar dos anos. A versão do Snes americano era bem diferente do modelo japonês, com botões deslizantes roxos para ejetar o cartucho e resetar o console.
Na Europa e Japão o console era predominantemente mais arrendondado e o destaque ficava pela interessante combinação de botões coloridos, que também era o logo do Super Nintendo. Nos EUA tanto o logo quanto as cores verde, azul, vermelho e amarelo foram abandonados.
De forma bem diferente do NES, agora os cartuchos de jogos eram encaixados na parte superior (no NES era dentro do console, em um dispositivo estiloso mas complicado). Todos os modelos suportavam apenas 2 controles, mas um adaptador poderia aumentar a capacidade para até 8 jogadores (com dois adaptadores).
A saída MULTI OUT traseira era um formato próprio da Nintendo que dava a saída de vídeo para a TV, que curiosamente foi a mesma no Nintendo 64 e também no Game Cube, mas de 12 anos depois. Apenas em outubro de 1997 a Nintendo resolveu mudar o modelos do Snes (temos em que o PS1 reinava e o Nintendo 64 já tinha sido lançado pelo mundo). O Super Nintendo JR chegou aos EUA por apenas US $ 99, incluindo o excelente Super Mario World 2.
A versão Slim do Super Nintendo também foi lançada no Japão, com o mesmo tamanho, redução de custos e aparência.
Note que apenas no Japão o Snes mantinha seu simbolo e botões coloridos.
O controle do SNES
O controle do Super Nintendo consegue ser um clássico talvez pela nostalgia que proporciona para quem o utiliza quando criança, pois convenhamos: ele era desconfortável efeito para mãos pequenas. Algumas horas de jogatina causavam amortecimento, e a pegada não era ideal para jogos de lutas, sendo que a cruz direcional tinha bordas retas que dificultavam a jogabilidade.
A quantidade e posicionamento dos botões era boa, inovando com a inclusão de botões de ombro, localizados na parte de cima, tendência copiada até hoje na indústria dos games. Uma grande sacada estava também nos botões Y, X, B e A, que eram diferentes entre si. Enquanto o B e A eram côncavos, o Y e X eram convexos. Para que servia isso? Como a maioria dos games de sucesso eram do gênero plataforma, era comum segurar o botão Y para correr e o B para saltar.
O fato do Y ser convexo ajudava muito no quesito conforto, mesmo que ele ficasse pressionado por muito tempo sem parar.
Os acessórios para Super Nintendo lançados
O Super Nintendo viveu uma época em que vender acessórios era algo que trazia muito resultado financeiro para as fabricantes. Por tal motivo, uma infinidade de acessório e protótipos ganhou vida, mas a maioria não teve o sucesso esperado.
Super NES Mouse: em uma época em que computadores eram ferramentas de trabalho ou acessórios de luxo, o mouse para SNES vinha para ensinar o seu uso e aproximar os game do consoles com os de PC. Um dos mais divulgados acessórios, era compatível com dezenas de jogos para Super NES. O que fez mais sucesso dentre todos foi Mario Paint.
Super Scope: Semelhante ao Zapper do NES, foi talvez uma das únicas bazucas lançadas para videogames. A Super Scope tinha um visual bacana, mas não teve muito games lançados para ela. Seu destaque maior era que não tinha fio e ainda possuía uma mira telescópica útil.
Super Game Boy: este adaptador fez muito sucesso, pois unia que tinha o console com o pessoa que jogava no Game Boy, que na época ainda só possuía a versão monocromático. Com o Super Game Boy os cartuchos do portátil se tornavam totalmente jogáveis e ainda ganhavam algumas cores na tela da TV.
Satellaview: foi o modem de internet para SNES. lançado apenas no Japão, e que usava a porta de expansão que ficava embaixo do console (sim, ela servia para alguma coisa). Para conhecer mais sobre o SNES online, leia nosso post AQUI.
A Nintendo chegou a planejar uma leitora de CDs para o SNES, momento em que ia se unir a SONY para fazer o lançamento. Graças a discórdia das empresas, a SONY ficou com a “bomba” sozinha, que mais tarde transformaria no Playstation, em uma das histórias mais famosas do mundo dos games (e que é de fato verdade).
As vendas do Super Nintendo
Foram vendidos mais de 49 milhões de unidades do console em todo o mundo, sendo um pouco mais da metade desse número no Ocidente e os restante no Japão. Poucos sabem, mas o console não conseguiu repetir o sucesso do primeiro console da Nintendo, o NES, que vendeu a incrível marca 61,91 milhões de unidades. Parte desse “fracasso” for ter tido um concorrente a altura, o Mega Drive, que chegou a vender quase 40 milhões de unidades em suas várias versões.
Durante toda a geração de 16 bits, nenhum dos dois consoles conseguiu se fixar na liderança, permanecendo cada um por um determinado período de tempo. Apenas nos anos finais, quando Donkey Kong Country foi lançado os acessórios Sega 32X e SEGA CD não conseguiam embalar, o Super Nintendo se consolidou na liderança e abriu larga vantagem de quase 10 milhões de unidades em todo o mundo.
Os cartuchos de jogos de SNES
Os cartuchos do SNES possuíam um espaço interno muito maior que aquele reservado para os jogos de NES. Até 128 Mbit poderiam ser em teses usados, mas destes apenas 117,75 Mbit para os jogos em si. A maioria dos jogos não chegou nem perto de usar a capacidade total das fitas, sendo que os maiores lançados foram Tales of Phantasia (com grande trabalho de falas e músicas) e Star Ocean, usando mais de 48 Mbit dos seus cartuchos. Jogos em geral (os mais simples), geralmente usavam algo em torno de 2 Mbit.
O sistema de save dos jogos era bastante antigos, usando uma memória simples SRAM que precisava ser alimentada por uma bateria para salvar o estado de jogo. Incrivelmente meus cartuchos originais de 1995 e até um de 1991, ainda consegue salvar seu state. Incrível.
Chips especiais nos cartuchos de Super Nintendo
Fizemos um post completo sobre os chips especias das fitas de Super Nintendo. Para conferir CLIQUE AQUI
Quando o 32 Bits chegou o Super Nintendo se superou
Enquanto outras empresas estavam se movendo para criar sistemas de 32 bits (reais, não como no 32x), a Rare e a Nintendo provaram que aquela geração ainda tinha muito para oferecer. Quase no fim de 1994 a Rare lançou Donkey Kong Country para o mundo. Com uma artimanha gráfica que ela sempre usava, mesclou cenários em alta resolução criados em computador (pré renderizados) com texturas de alta qualidade nos personagens, que fazia com que o jogo ficasse absurdamente belo.
Com gráficos detalhados, animação dos personagens fluida e música de alta qualidade, Donkey Kong Country rivalizava com a qualidade estética de jogos que estavam sendo lançados em novos consoles baseados em CD de 32 bits (com renderização em tempo real).
Apenas nos últimos dias de 1994 Donkey Kong vendeu 6,1 milhões de unidades, tornando-se o jogo que mais rapidamente vendeu tal número até aquela época. O impacto foi tão grande que consoles recém lançados como o 3DO sofrerão um impacto tão grande em vendas que praticamente inviabilizou sua existência.
O fim do Super Nintendo
Sabemos que o Super Nintendo sobreviverá até que o último console pare de funionar (e para sempre nos emuladores e na Virtaul Console do Wii e Cia). Mas o console deixou de ser produzido nos EUA oficialmente 1999, dois anos depois de receber o último game lançado pela Nintendo, Kirby Dream Land 3 e um ano depois de receber Frogger, o último jogo americano lançado para o SNES.
No Japão, a Nintendo foi mais longe, produzindo o SNES até setembro de 2003, ano em que o PS2, o Xbox e o Game Cube já eram vendidos e 3 consoles da SEGA já haviam caído, o Mega Drive, o Saturn e o Dreamcast. Novo jogos de Super Nintendo foram produzidos oficialmente no Japão até o ano de 2000. O último jogo oficialmente lançado para Super Nintendo no Japão e no mundo foi Metal Slader Glory Director’s Cut.
Os ports e o Super Nintendo hoje em dia
O Super Nintendo possui milhões de fãs ainda hoje, que o consideram como o melhor console de todos os tempos. Diversos de seus jogos entram em todas as listas de melhores de todos os tempos anualmente, como Super Metroid que em mais de uma vez foi eleito melhor game de todos os tempos.
Muitos títulos de SNES foram portados para o Game Boy Advance , que tem capacidades técnicas muito semelhantes. A partir de 2005, a Nintendo desistiu de lutar contra as Roms na internet e investiu no lucrativo mercado de jogos clássicos, disponibilizando (leia vendendo) via download, jogos de NES, Game Boy e Super Nintendo através do serviço Virtual Console para o Wii e Wii U, que nada mais é a venda de roms que podem ser emuladas facilmente pelos consoles.
Apenas em 2007 a Nintendo deixou de consertar o Super Nintendo em sua rede de assistência oficial, devido a escassez crescente de peças de reposição.
Concluindo…
O Super Nintendo é aquele console que jogaremos por muitos e muitos anos, provavelmente até o fim de nossas vidas. Com a emulação e também a inciativa da Nintendo lançar seus games oficialmente na Virtual Console, não corremos o risco de perder nenhum, por queima de cartuchos ou alto preço das raridades.
Foi nele que muitos tiveram a melhor época de suas vidas gamísticas (como este que vos escreve). Não que o PS1, 64, PS2, PS3 e o 360 e demais não tenham trazido obras primas, mas é que no Super Nintendo tivemos um amontoado de grandes jogos, um excesso de qualidade e diversão que dificilmente serão ultrapassados.
O SNES ainda tem muitos assuntos para nos oferecer, então não perca muito mais em breve aqui, no eXorbeo Games. Fiquem conosco.
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